Conectando pessoas através do esporte

Dia das Mães chegando e hoje vamos falar sobre crianças no esporte e como ser um bom exemplo na vida esportiva do seu filho, você se preocupa com isso? Nesse post escrito pela Dra Ana Paula Simões tem 5 dicas para que você dê um bom exemplo como mãe ou pai.

Uma antiga citação de um filósofo diz que “Nada é tão nosso quanto os nossos sonhos”, mas, por vezes, transferimos nossos sonhos e projetamos nossas realizações quando não conseguimos realizar. E, isso também acontece no mundo dos esportes e dos pais. Em certos momentos, a mãe pode apostar todas as suas fichas em sua filha para que seja uma grande ginasta, quando na verdade o desejo era dela. E, assim, as cobranças serem exageradas e a tensão também.Vemos sempre os pais gritando nos bastidores, torcendo muitas vezes sem controle e até brigando ou com a arbitragem ou com a criança adversária do seu filho. Qual exemplo estamos mostrando aos nossos filhos? Esses excessos disfarçados de incentivos são exemplos positivos ou negativos?

Para que possamos compreender melhor a esportividade e agir de forma a influenciar positivamente os ambientes esportivos, aqui vão 5 dicas para que você dê um bom exemplo como mãe! 

1) Controle as críticas!

Muitos pacientes sentem medo de retornar para a casa após os treinos, e jogos. Isso ocorre porque sabem que os pais irão repassar cada detalhe de seu desempenho, apontando os erros, não importando se o filho ganhou ou perdeu. Dessa forma, o foco está no que os pais compreendem como bom ou ruim, e por vezes se esquecem de observar e incentivar os avanços, sejam grandes ou pequenos.Portanto, cuidado com a cobrança!O atleta conhece seus erros e acertos, e não precisam de mais julgamentos, mas sim de acolhimento e carinho.

As críticas constantes podem causar insegurança, e frustração levando a criança a não querer mais continuar em tal prática esportiva, o que não é desejado. Grandes atletas e de grande sucesso possuem algo em comum: recebe o afeto dos pais,  o toque e o estímulo: divirta-se!Deixe as críticas para o treinador, esteja lá pelo seu filho e curta essa fase com ele.

Foto: Dra. Ana Paula Simões

2) Agradeça!

Ao agradecer a equipe de trabalhadores após um jogo, incentivamos que melhores resultados sejam alcançados e que atitudes positivas sejam compartilhadas.Muitas vezes esses trabalhadores, não esperam por isso, então você pode receber um sorriso surpreso de volta!As autoridades esportivas e staff que organizam eventos de esporte quando tem esse feedback positivo, por mais raro que seja, sempre os motiva a fazerem o melhor que podem. Isso gera um ciclo super positivo, e dependendo da modalidade, essas pessoas podem ser até estimuladas a serem voluntárias em diversos eventos esportivos.

Muitas vezes, esses trabalhadores escutam críticas duras, e se a mãe agradecer ao juiz pela partida, o exemplo poderá se espalhar entre outros pais da equipe. 

3) Interaja com os pais de outros times. Eles não são inimigos.

Em uma partida,é comum o lado que perdeu ficar chateado e aparentemente triste.Os pais podem ficar desestabilizados e fecharem os olhos quando seu filho erra ou perde.Por isso,imagine cumprimentar os adversários dizendo que foi um bom jogo? Imediatamente voltam os sorrisos nos rostos desses pais, os ombros se erguerem e sua energia volta com esse simples gesto.

Por vezes, ficamos concentrados na rivalidade e no resultado, e nos esquecemos que o time adversário é como o nosso também. E, que aqueles pais se preocupam tanto como nós!

Com essas atitudes, estamos dando exemplo aos nossos filhos, de que é possível interagir e respeitar o outro, além de valorizar a partida e o esforço de todos.

Foto: Dra Ana Paula Simões

4) Vibre por todas as crianças, ainda que sejam de outro time

Busque fazer a diferença nos detalhes, como aplaudir os esforços ou uma boa jogada (mesmo que seja dos adversários, como aplaudimos nas partidas de tênis). Se você se concentrar de forma obsessiva em seu filho, pode acabar ignorando o coletivo e mostrando que não se importa com a equipe ou com o evento.Por isso, mostre que o coletivo e o esporte são mais importantes que a competitividade.

Os pais que vibram, torcem, e apoiam todas as crianças estão sendo grandes exemplos,enviando a mensagem de dar o melhor de si, de se esforçar,aproveitar o jogo e não sobre ganhar ou perder.Esse é o verdadeiro espírito esportivo! Afinal, a vida tem momentos de perdas, mas de vitórias também.

5) Seja um exemplo! Mantenha-se fisicamente ativo

Dê o exemplo! Sim, seu filho te observa mais do que imagina e aprende com você, mais do que com qualquer outra pessoa.E para incentivar seu filho a ser fisicamente ativo, participar de esportes, é importante que tenha também essa prática em sua rotina.Afinal, como podemos esperar que nossos filhos cresçam em ambientes esportivos e de saúde se somos viciados em celular e computador?

A prática de atividades físicas, quando compartilhada entre pais e filhos, cria envolvimento, e ajudam pais e filhos a fortalecerem os laços.Estar emocionalmente presente em seu próprio esporte ajuda a evitar sobrecarregar seu filho com atenção. É difícil ser muito crítico com o seu filho em um esporte se você está constantemente sendo confrontado por quão difícil é avançar e competir na sua categoria e desenvolver habilidades motoras e cognitivas complexas após certa idade.Essas experiências, irão ajudar a promover mais saúde em seu lar,e você certamente terá mais leveza e paciência para conduzir a relação com seu filho.

Os melhores programas esportivos são aqueles que envolvem a família toda. É uma excelente forma de compartilhar momentos, aprenderem juntos, e se divertirem bastante! Então chame toda a turma e faça bons treinos!

Agora conta pra gente, você busca ser um bom exemplo na vida esportiva do seu filho? Costuma incentivar as crianças no esporte?

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Texto: Dra. Ana Paula Simões Ferreira (Professora Instrutora e Mestre em Ortopedia e Traumatologia) e Anna Luisa de Oliveira Melo (Acadêmica de Medicina).

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Dra. Ana Paula Simões Ferreira

Dra Ana Paula Simões Ferreira é Professora Instrutora e Mestre em Ortopedia e Traumatologia, e Médica Assistente do grupo de traumatologia do esporte pela Santa Casa de São Paulo. RQE - N°28753. E Medicina Esportiva RQE - N°67412 . Para conhecer mais seu trabalho acesse o SITE.

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