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A proteção que recobre nossos músculos e permite que todos os sistemas do organismo funcionem de maneira integrada é chamada de sistema fascial. Este sistema é construído de tecido conjuntivo fibroso. Em sua conformação há fibras de colágeno soltas e densas, possibilitando uma maior conexão entre elas. 

Qual a função da fáscia?

  • A fáscia possui como função o deslizamento e a contração para ser exercido de maneira eficiente o movimento. Ou seja, ela é um tecido colagenoso fibroso que transmite uma força tensional.

O uso tensional de maneira incorreta da musculatura pode acarretar dores e disfunções. Por exemplo:

  • má postura,
  • estresse,
  • treinos intensos e sem o intervalo adequado.

Sendo assim, o uso de maneira inconsequente desta musculatura pode prejudicar a coordenação, a flexibilidade e a força muscular, devido ao acúmulo de toxinas e nódulos gerados por esse estresse.

Diversas dores e disfunções que alteram a postura e performance têm origem no tecido conjuntivo

Diversas dores e disfunções que alteram a postura e performance têm origem no tecido conjuntivo. Alguns exemplos de patologias que podem estar diretamente relacionadas com a tensão na fáscia são: fascite plantar, dores lombares, hérnias de disco, LER/DORT, contraturas musculares e tensões sob estresse, entre outras.

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O que pode ocorrer?

Pode ocorrer devido à estas inflamações e lesões, uma perda significativa no rendimento em exercícios de alto desempenho e até mesmo os realizados de maneira recreativa, e podem até acarretar um desenvolvimento de distúrbios osteomoleculares, como por exemplo: dor lombar, dor na região lateral da perna e na planta do pé. Outro fator que pode ocorrer é a dor crônica na perna: a síndrome compartimental crônica.

É de suma importância uma melhor compreensão a respeito das cargas mecânicas ideias, e das condições bioquímicas para que haja uma melhoria tanto na prevenção de lesões quanto na reabilitação e desempenho relacionados à prática física. Para uma melhor abordagem é necessário:

  • Expor uma visão geral do estado em que se encontra o sistema fascial a nível micro (respostas moleculares e celulares) até o nível macro (propriedades mecânicas).
  • Estudar a capacidade elástica e de sustentação do sistema fascial no exame físico e complementar.
  • Analisar as respostas do sistema fascial à carga imposta, lesões e outros mecanismos fisiológicos naturais, como o envelhecimento. 
  • Estabelecer uma visão contemporânea de intervenções e prevenções da integridade do tecido fascial no esporte e na medicina do exercício.

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Quais são os benefícios da liberação miofascial?

Com a utilização de algumas manobras manuais, superficiais e profundas, com a utilização ou não de acessórios, a função da fáscia é melhor preservada com:

  • Aumento da mobilidade articular e da consciência corporal. 
  • Liberação e ativação da musculatura. 
  • Melhor execução de movimentos.
  • Diminuir a sobrecarga e tensão músculo-articular e a tensão muscular.
  • Melhor circulação e respiração. 
  • Liberação de ácido lático.
  • Relaxamento da musculatura;
  •  Melhor recuperação muscular, evitando dores tardias.
  • Prevenção de lesões.

Texto: Dra. Ana Paula Simões Ferreira (Professora Instrutora e Mestre em Ortopedia e Traumatologia) e Lara Ribeiro Silva (Acadêmica de Medicina).

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Dra. Ana Paula Simões Ferreira

Dra Ana Paula Simões Ferreira é Professora Instrutora e Mestre em Ortopedia e Traumatologia, e Médica Assistente do grupo de traumatologia do esporte pela Santa Casa de São Paulo. RQE - N°28753. E Medicina Esportiva RQE - N°67412 . Para conhecer mais seu trabalho acesse o SITE.

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