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O Esporte Clube Pinheiros venceu o 40º Troféu Brasil Loterias Caixa de Atletismo com 409 pontos e também foi o campeão no masculino (231 pontos) e feminino (178). Foi o sexto título consecutivo do clube de São Paulo na competição interclubes mais importante da América Latina, realizada de quinta a domingo (10 a 13/6), no Centro Olímpico do Treinamento e Pesquisa (COTP), em São Paulo.

A Orcampi, de Campinas (SP), foi a segunda colocada no geral (251 pontos) e também no masculino (128) e feminino (123). O CT Maranhão, com uma equipe criada há dois anos e que se reforçou para a temporada 2021 mostrou nas pistas um time competitivo e ficou em terceiro lugar na classificação geral 186 pontos e também no masculino (101) e feminino (85).

A União Catarinense de Atletismo (UCA), com 121 pontos, foi a quarta colocada no geral e também no feminino (69). No masculino, a quarta colocação ficou com a CASO, do Distrito Federal (65). O Instituto Elisângela Maria Adriano (IEMA) foi o quinto colocado no geral (95) e também no feminino (65). A AABLU, de Blumenau (SC), terminou em 5ª no masculino (64).

Orcampi (2º), Pinheiros (1º) e CT Maranhão (3º): o pódio do Troféu Brasil (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

No quadro geral de medalhas, São Paulo ficou em primeiro lugar, com 67, sendo 22 de ouro, 22 de prata e 23 de bronze. Santa Catarina ficou em segundo lugar, com 26 (5, 11 e 10), seguida do Maranhão, com 12 medalhas (5, 4 e 3).

Os melhores atletas da competição também são do Pinheiros. No masculino, Augusto Dutra foi indicado por sua performance no salto com vara: venceu com 5,72 m, recorde do Troféu. No feminino, Eliane Martins foi a melhor atleta do torneio, por sua performance no salto em distância, que venceu neste domingo (13/6), com 6,67 m (1.1).

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“Fizemos a entrega de um evento de excelência, com total segurança. Foi um sucesso com relação ao cumprimento dos protocolos de segurança sanitária. Quero agradecer à comunidade por ter respeitado todas as nossas indicações”, disse Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da CBAt. Observou que a organização da CBAt recebeu elogios de Bruno Souza, secretário Nacional de Alto Rendimento de Esportes, Thiago Milhim, secretário de Esportes da Prefeitura de São Paulo, do ex-judoca Tiago Camilo, responsável pelo Centro Olímpico e agradeceu a todos pelo apoio dado a realização do evento. “Conseguimos manter um ótimo padrão com relação ao distanciamento, uso de máscaras, de álcool em gel e, principalmente, pelo uso de alta tecnologia para o pré-diagnóstico de COVID.”

“Do ponto de vista técnico foi um grande evento, com bons resultados e a corrida olímpica está mais viva do que nunca e posso dizer aos nossos patrocinadores e apoiadores que conseguimos fazer a nossa parte. Também recebi palavras elogiosas com relação a organização do evento, com preocupação extrema com o atleta, o que foi possível com o patrocínio da Prevent Senior. Todos os atletas tiveram atendimento de fisioterapia e recuperação com equipamento de alta tecnologia”, acrescentou Wlamir, dizendo que está tranquilo de “que a CBAt fez o melhor evento que poderia ter feito”. Deu destaque a humanização do evento, com foco no atleta.

Agradeceu ao patrocinador máster da CBAt, as Loterias Caixa, e a Prevent Senior, patrocinadora oficial, e aos parceiros Solst e Pista e Campo. Agradeceu também ao Centro Olímpíco de Treinamento e Pesquisa e a toda a equipe da Prefeitura Municipal de São Paulo pela ‘acolhida’ dada ao atletismo brasileiro.

Darlan Romani vence o peso do Troféu Brasil Loterias Caixa de pela 10ª vez

O catarinense Darlan Romani (Pinheiros-SP) venceu pela 10ª vez a prova do arremesso do peso do 40º Troféu Brasil Loterias Caixa de Atletismo. Recordista brasileiro e sul-americano, com 22,61 m, ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, quarto colocado no Mundial de Doha-2019 e eleito duas vezes o melhor representante do atletismo nacional pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), ele venceu a prova com 20,46 m e já assumiu a liderança no Ranking Brasileiro de 2021, de volta após tratamento de lesão.

“Gostei muito do resultado porque a prova marcou a minha volta depois de seis meses. Estou retomando a rotina e quero competir o máximo possível antes de viajar para o Japão”, disse Darlan, que espera participar de pelo menos mais três competições. “Quero manter os treinos e ganhar ritmo de prova”, completou Darlan, de 30 anos, que ganhou um peso oficial da Pista e Campo, fornecedora da CBAt.

William Braido (Orcampi-SP) conquistou a medalha de prata, com 19,44 m, e Willian Denilson Venâncio Dourado (UCA-SC), companheiro de treinamento de Darlan, em Bragança Paulista (SP), levou o bronze, com 19,40 m.

Darlan Romani leva 10º título do Troféu Brasil (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

Outro destaque da última etapa foi o paranaense Alexsandro Melo, o Bolt (CT Maranhão), que ganhou o ouro no salto triplo, com 16,82 m (2.8). Foi a sétima medalha de Bolt na história do Torneio Brasil e a segunda na edição 2021. Na sexta-feira (11/6), ele ganhou o salto em distância, com 8,02 m (0.3).

“Fiquei feliz por mais duas conquistas e quero manter a tradição brasileira no triplo. Queria saltar mais de 17,00 m, mas não deu. Agora é focar tudo na preparação para a Olimpíada”, disse o atleta de 25 anos. “Já estou vacinado e vou esperar as decisões do COB sobre a preparação final. Acho que devo fazer algumas competições na Europa.”

O paulista Mateus Daniel Adão de Sá (Pinheiros-SP), medalha de bronze no Mundial Sub-20 de Eugene-2014, terminou em segundo lugar, com 16,17 (0.7), seguido do carioca Gabriel Sousa dos Santos (Mangueira do Futuro-RJ), com 16,17 m (4.2).

Na qualificação do triplo, no sábado (12/6), Felipe Izidoro da Silva saltou 15,71 m, garantindo índice de 15,60 m do Mundial de Nairóbi, no Quênia, de 17 a 22 de agosto, e de 15,48 m do Campeonato Pan-Americano Sub-20 de Santiago, no Chile, de 22 a 24 de outubro.

Nos 200 m, duas finais muito disputadas. Jorge Henrique Vides e Paulo André de Oliveira, ambos do Pinheiros-SP, cruzaram juntos a linha de chegada, com 20.42 (-1.4). Nos milésimos de segundo, Jorge ficou com o ouro. “Tive uma lesão no camping dos Estados Unidos, em março, e fiquei fora do Mundial de Revezamentos da Polônia. Estou feliz pela minha recuperação e focado para integrar a equipe em Tóquio”, disse o carioca de 28 anos, que embarca quinta-feira (17/6) para o camping olímpico do revezamento em Rio Maior, em Portugal.

Jorge Vides terá a companhia de Paulo André e Derick Souza, medalha de bronze nos 200 m, também do Pinheiros, na viagem à Europa. “Vou me reencontrar com o meu técnico, Felipe de Siqueira, que está lá. Há dois meses, recebo os treinamento pelo WhatsApp e depois mando um vídeo para ele analisar”, completou.

Nos 200 m feminino, Ana Carolina Azevedo (CT Maranhão) foi a bicampeã do Troféu Brasil, com 23.48 (-3.1) . “O vento a favor atrapalhou minhas marcas nas competições que disputei nos Estados Unidos, que não foram homologadas, e agora tive vento contra”, lembrou a velocista. “Vou tentar a vaga olímpica até o último dia do prazo nos 200 m.”

Ana Claudia Lemos (SEM-SC), ouro nos 100 m, foi vice-campeã dos 200 m, com 23.52, seguida de Tiffani Marinho (Orcampi-SP), com 23.53. Tiffani, aliás, mostrou muita disposição no torneio. Ela ganhou três medalhas de ouro (400 m, 4×400 m misto e 4×400 m) e duas de bronze (200 m e 4×100 m). “Acho que arrasei”, disse, brincando. “Há um ano não conseguiria dar esses sete tiros que dei aqui”, completou a atleta, integrante da equipe medalha de prata no 4×400 m misto do Mundial de Revezamentos da Polônia, em maio.

Qualificado para Tóquio, Marcio Teles obtém a quinta vitória no Troféu Brasil

Marcio Teles (Orcampi-SP) obteve o quinto título do Troféu Brasil Loterias Caixa de Atletismo na prova dos 400 m com barreiras, no Estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo. Qualificado para os Jogos Olímpicos nos 400 m com barreiras, o carioca venceu com o tempo de 49.98, seu melhor resultado no ano. Caio Teixeira (Centro Olímpico-SP), foi o segundo, com 50.39, seguido de Hederson Alves Estefani (Pinheiros-SP), com 50.64.

“Estou em fase de treinamento para a Olimpíada e, graças a Deus, consegui fazer uma boa prova. É o meu quinto título de Troféu Brasil e estou muito feliz. Quando eu entro nas duas últimas barreiras eu só penso vou ganhar, vou ganhar, vou ganhar… Não tenho outro pensamento na chegada”, comentou o atleta de 27 anos. “Sei que para muitos a barreira tem dois metros, mas para mim é um cone. Venho nessa pegada de treinamento e o Troféu foi um teste e acho que estou no caminho certo.”

Na prova feminina, Liliane Cristina Barbosa Parrela (ACA-SC) levou o ouro, com 56.30, seguida de Marlene Ewellyn Silva dos Santos (Orcampi-SP), com 56.75, e de Bianca Cristina Amaro dos Santos (SPFC-SP), com 57.07.

Casada com o treinador Sanderlei Parrela, ainda recordista brasileiro dos 400 m, ela mostrou-se muito agradecida pela segunda medalha de ouro na competição. “Foi um processo de oito anos, em que enfrentei uma depressão e pensei em parar, mas me mantive firme, com o Sanderlei e minha família me ajudando, bem como a minha filha, de 13 anos”, lembrou a paulista. “Em 2019 o Sanderlei comprou duas sapatilhas para mim e falou que era para treinar. Eu voltei, teve a pandemia e eu me dediquei à minha técnica, à minha alimentação e tudo foi voltando para o eixo.”

A catarinense Simone Ponte Ferraz (APA/SECEL Jaraguá do Sul-SC) venceu a prova dos 5.000 m, a primeira final no Centro Olímpico, com 16:13.90. Jenifer do Nascimento Silva e Graziele Zarri, ambas do Pinheiros-SP, terminaram em segundo (16:17.57) e terceiro lugares (16:20.20), respectivamente.

Simone comemorou muito a sua segunda medalha na competição. Ela foi prata nos 3.000 m com obstáculos, na sexta-feira (11/6). “Tudo isso é fruto de um longo trabalho, de 15 anos de atletismo. Digo que não tenho talento, mas sou muito persistente”, comentou a atleta de 31 anos, que desde janeiro é treinada por Cláudio Castilho. “Senti uma ascensão muito rápida nestes poucos meses.”

Simone, embora tenha conquistado o ouro nos 5.000 m, mantém o foco para os 3.000 m com obstáculos. “É a prova em que tenho os melhores resultados internacionais. Fui vice-campeã no Sul-Americano do Equador e ainda sonho pela vaga olímpica no Ranking por Pontos da World Athletics. A vitória nos 5.000 m só veio corar esse nosso trabalho.”

No heptatlo, Tamara Alexandrino de Sousa (AEFV-RJ) foi a campeã, somando 5.696 pontos nas sete provas que compõe a especialidade. Raiane Vasconcelos Procópio (Pinheiros-SP) ficou em segundo lugar, com 5.667, seguida de Gilailce Trigueiro de Assis (UCA-SC), com 5.641 pontos.

Medalha de bronze no Mundial Sub-20 de Barcelona-2012, ela está retornado à boa forma. “Eu parei por causa da gravidez e duvidei muitas vezes que poderia ganhar um Troféu Brasil porque eu achava que eu não voltaria ao alto desempenho”, disse. “Mas estou feliz porque voltei mais forte. Na minha vida nada foi fácil e a gravidez acabou sendo um combustível para superar mais um desafio.”

Nos 35 km marcha atlética, única prova disputada fora do Centro Olímpico, Caio Bonfim (CASO-DF) e Viviane Santana Lyra (AEFV-RJ) conquistaram a segunda medalha de ouro na competição, realizada em um circuito de 1 km no estacionamento do Bragança Garden Shopping, em Bragança Paulista (SP).

Os dois venceram os 20.000 m na pista do Centro Olímpico. Caio, convocado para os 50 km e qualificado nos 20 km, completou as 35 voltas no circuito, em 2:41.27, recorde da competição, seguido por dois companheiros de treinamentos em Sobradinho (DF): Max Batista Gonçalves dos Santos, com 2:49.48, e Diego Pereira Lima, com 2:52.47. “Consegui meu melhor resultado na distância e por isso fiquei muito feliz. Pena que no final senti um pouco o efeito de ter disputado no sábado os 20.000 m”, comentou Caio Bonfim.

Já Viviane, que luta pela qualificação olímpica para os 20 km, terminou a prova em 3:05.00, seguida de Elianay Santana da Silva Pereira Barbosa (CASO-DF), com 3:08.31 , e de Mayara Luize Vicentainer (FME Timbó-SC), com 3:13.07. “Foi meu recorde pessoal. Poderia ter sido melhor se não sentisse dores no posterior da coxa esquerda a partir da metade da prova”, disse Viviane, recordista brasileira dos 50 km, com 4:22:46. “Se o prazo de índices terminasse hoje eu estava na Olimpíada por pontos nos 20 km. Agora é esperar porque não tenho nenhuma competição prevista até o dia 29 de junho, quando o prazo se encerra.”

Durante a disputa do Troféu Brasil Loterias Caixa a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), organizadora da competição, realizou a campanha de doação de leite, em pó ou em caixinha, numa ação social em prol do Centro para Crianças e Adolescentes Bela Vista, em São Paulo. Foram arrecadados 50 litros, apenas com técnicos e atletas, já que é vetada a presença de público. O Centro atende normalmente 120 crianças, mas agora está com 44 por conta da pandemia. Mesmo assim, as famílias continuam recebendo cestas básicas.

Os resultados completos e a classificação por equipes podem ser acessadas no hotsite da competição: CLIQUE AQUI

A competição teve o apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) que desenvolve o Programa de Formação de Atletas juntamente aos clubes integrados e ENADs (https://cbclubes.org.br/).

A Prevent Senior Sports é patrocinadora do atletismo brasileiro para a entidade gestora do esporte e os atletas brasileiros, visando a saúde integral dos indivíduos e apoio às competições.

As Loterias Caixa são a patrocinadora máster do atletismo brasileiro.

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*com informações da assessoria de imprensa da CBAt

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