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Existe um provérbio que diz que “os inteligentes aprendem com seus próprios erros, os sábios aprendem com os erros dos outros”. Na área do esporte isso não é diferente, já que podemos tirar lições das experiências ruins vividas por outros atletas e não cometê-las nos nossos treinos. Foi pensando nisso que decidimos elaborar este artigo e alertá-los sobre os principais erros que podem atrapalhar qualquer treino de corrida, seja o atleta iniciante, seja experiente. É importante ficar atento pois, além de impedirem um bom treino, podem também causar problemas mais sérios, como lesões musculares, crises de hipoglicemia, náuseas e vômitos e até mesmo perda de consciência.

Se quiser saber como evitar tudo isso e aproveitar com plenitude o seu treino de corrida, continue a leitura! Vamos lá?

A ciência da corrida: conhecimento empírico

Já se sabe que a prática da corrida permite que os atletas de longa data obtenham grande conhecimento sobre seu próprio corpo, sabendo quais são seus pontos fracos e fortes, seus limites e quais são os elementos estimuladores ou inibitórios durante uma corrida.

Assim, logo nas primeiras passadas, um corredor experiente conseguirá ter aquele “feeling” do desfecho positivo ou negativo da corrida. Se algo não estiver bem, muitos corredores decidem fazer uma pausa para tentar descobrir o que é que está dando errado, observando em profundidade seu próprio corpo.

Muitos deles conseguem descobrir que o problema está na perda acelerada de sódio, água e potássio, principalmente se for um dia quente, conseguindo resolver com a ingestão de isotônicos, por exemplo.

Outros descobrem que o problema está na falta de energia, comendo barrinhas energéticas ou gel de carboidrato que contêm grande quantidade de carboidrato de cadeia longa. Alguns desconfiam de lesões musculares e sabem que o melhor a se fazer é abandonar a corrida e tratar da lesão em casa para que não se agrave.

Assim, mesmo aqueles que não têm nenhuma formação em ciências biológicas conseguem entender as reações do organismo para cada estímulo, tanto física quanto psicologicamente.

O problema está quando corredores menos experientes desconhecem os sinais de alerta e prosseguem com a corrida. Até mesmo os que tem mais tempo de prática podem cair nessa armadilha, geralmente, aqueles que preferem se basear apenas em artigos científicos e se esquecem que o melhor “alarme” vem do próprio corpo.

A falta de confiança nos sinais do organismo

Imagine, por exemplo, a seguinte situação: João, um corredor inexperiente, está no meio de sua corrida quando percebe uma leve cefaleia e vertigem.

O dia está quente, mas, segundo o mais novo artigo sobre o tema, não tão quente a ponto de causar exaustão pelo calor. Além disso, ele está se mantendo hidratado, ingerindo os líquidos na exata frequência que os maiores especialistas do assunto indicam. Não há motivo para preocupação, pensa ele.

Mas, passado alguns minutos, João começa a sentir um pouco de confusão mental, descoordenação e falta de ar. Para a sua sorte, ele está acompanhado de José, um corredor com muitos anos de experiência, que diz a ele que se trata de um quadro de hiperemia (temperatura corporal elevada) e que se ele não interromper a corrida poderá ter um colapso.

Se João tivesse levado em consideração os sinais do próprio corpo lá no início dos sintomas, em vez de ter confiado cegamente em artigos genéricos, a corrida talvez não precisasse ser interrompida.

Faltou o entendimento de que o funcionamento do nosso organismo não é uma ciência exata, ou seja, o que funciona para uns pode não funcionar para outros. É claro que é importante estudar e pesquisar sobre o assunto, mas, mais importante ainda, é conseguir observar em profundidade os sinais do seu próprio corpo físico durante a corrida.

Principais erros que podem atrapalhar seu treino de corrida

Ignorar os indícios do corpo é um dos principais erros que um corredor pode cometer, como visto nos tópicos acima. Mas, além deles, existem outros que comprometem todo o treino e causam problemas sérios.

Veja, a seguir, quais são eles!

1. Não fazer alongamento antes da corrida

O alongamento é necessário antes e depois de qualquer atividade física, mesmo aquela pelada de domingo com os amigos. A corrida, por ser uma atividade bastante extenuante, exige que o atleta se alongue para que lesões ou outros problemas não apareçam.

Alongar-se antes do início da corrida ajuda a retardar a fadiga, já que a prática provoca um estiramento e alongamento momentâneo do músculo.

Já depois da corrida, o alongamento tem a função de relaxar os grupos musculares, auxiliando na sua regeneração.

2. Utilização de calçados inadequados

Pode parecer uma coisa boba, mas usar tênis apropriados para a corrida faz uma diferença gritante no desempenho de qualquer corredor.

Isso porque os tênis servem como amortecedores, diminuindo o impacto no solo. Um tênis falsificado ou inapropriado pode causar fraturas, tendinites, dores na coluna e no joelho, canelite, metatarsalgia e fascite plantar (dores na parte da frente e na sola do pé) entre outros problemas.

3. Correr sem acompanhamento profissional

Apesar de parecer muito fácil e acessível, os corredores (pelo menos os iniciantes) precisam contar com o apoio de um educador físico ou médico do esporte.

São esses profissionais que indicarão os melhores locais para que o treino de corrida seja realizado, qual a preparação adequada para quem quer começar a correr (muitas vezes, é necessário um trabalho de fortalecimento muscular), se é preciso fazer caminhadas no começo, se um check médico é necessário, se é importante perder algum peso antes de começar a correr, enfim, são inúmeras recomendações que deverão ficar a cargo de um profissional habilitado.

Como visto, prestar atenção no próprio corpo é uma das maneiras mais eficazes de evitar problemas de saúde e de desempenho. Além disso, fatores que parecem sem relevância, como um bom calçado e um alongamento, podem também fazer toda a diferença em um treino de corrida!

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