Conectando pessoas através do esporte

A popularidade no ciclismo só tem aumentado nos últimos anos, principalmente nesse momento de pandemia, que fez muitas pessoas buscarem por esportes ao ar livre. A bike te permite ir para estrada, realizar circuitos, ir para dentro da natureza em trilhas, dentre outras formas para se praticar – que torna esse esporte tão fascinante. As modalidades no ciclismo incluem a Road (Estrada), Track (Pista), Mountain Bike (MTB) e Bicycle Motocross (BMX).

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Nessa época de Jogos Olímpicos e Paralímpicos, cabe um pouco de história. As primeiras bikes foram desenvolvidas no século XVIII, numa era conhecida por modernidade mecânica. As bikes foram se tornar mais populares por volta dos anos 1880-1900. A primeira vez que as bikes surgiram nos Jogos Olímpicos foi em 1896 – Atenas, na Era Moderna, com a maratona de ciclismo.

O auxílio do ciclismo para outros esportes

Princípios biomecânicos

Chega de história, vamos falar um pouco e de forma simplificada sobre os princípios biomecânicos na bike. O objetivo de se pedalar é se deslocar à frente até a chegada de uma prova ou até o final de um treino, pra isso é necessário que ocorra uma força aplicada ao pedal, que será transferida para coroa e desta para as rodas/pneus ao qual irá girar causando uma tração no solo. Pense numa coroa da bike, partindo de 0º  ao qual esse dado seria quando o joelho do ciclista está dobrado e o pedal o mais alto possível – este é o momento de força inicial para baixo até 180º, conhecido por fase de impulso. Em contrapartida, temos a fase de retorno, ao qual deve ser passiva que vai de 180º – 360º.

Acima na imagem vemos um detalhamento maior sobre as fases da pedalada, no entanto, devemos tomar cuidado com a fase de “puxada”. É muito comum no meio do ciclismo os atletas pedalarem com sapatilhas, que ficam fixas no pedal por uma trava e auxiliam nesse movimento de puxada, ao qual é geralmente recomendado e faz parte da cultura do esporte (não que seja certo). Esse movimento de puxada é inverter a ordem de ação muscular, gerando um torque grande de um músculo chamado Iliopsoas, que se insere na lombar e desce até a região inicial do fêmur, podendo gerar desconfortos em região lombar para pedalar, principalmente em treinos longos ou com muita altimetria.

Confira nosso calendário de provas presenciais

Lesões mais frequentes no ciclistas e como evitá-las

Sem delongas, para evitar lesões é muito importante estar com o Bike fit em dia. O famoso “fit” é o ajuste da bike – realizado por um profissional capacitado – para o ciclista que vai utilizá-la, de acordo com seus dados antropométricos são feitos alguns ajustes de selim, guidon, etc. No entanto, é importante também identificar se o INDIVIDUO está ajustado para usar a bike. Como assim? Está no cotidiano dos ciclistas se preocupar com o Bike Fit, mas geralmente não imaginam em como devem estar usando a ferramenta (no caso a bike).

Qual a importância de treinar com um profissional de Educação Física?

Na clínica já atendi alguns casos em que a pessoa passou por diversas avaliações e ajustes no Bike Fit e que não resolviam a dor na lombar, no glúteo, no joelho, etc. E mesmo sem saber muito sobre Bike Fit, era notável que o problema não estava no ajuste da bike e sim em como o indivíduo estava pedalando ou usando a bike. Às vezes, tinha relação com uma estabilidade ruim, com um mau alinhamento articular ou até mesmo com uma sequência de movimentos errada.  As principais lesões de sobrecarga aparecem em maior proporção de forma respectiva em: membros inferiores (lesões musculares), joelho, tornozelo/pé e coluna. Já as traumáticas aparecem em articulação acromioclavicular, mão/punho e por fim cotovelo (geralmente são fraturas e luxações).

De uma forma geral, sem adentrar nas diversas modalidades de ciclismo – a metade das lesões nesse esporte tem relação com sobrecarga mecânica, que com volume e intensidade de treinamento podem piorar. Sendo assim, vale investigar como o ciclista usa a bike e rever o Bike Fit. E a outra metade está geralmente associada a lesões traumáticas (principalmente no MTB e BMX), associadas a acidentes durante o percurso. Essas NÃO são possíveis de evitar, no entanto, as lesões por sobrecarga PODEM ser evitadas através de avaliações de postura e movimento (que dispomos desse serviço na Care Club), além do Bike Fit e fortalecimentos específicos que podem contribuir com o atleta.

Em caso de dúvidas, fico a disposição para falar mais a respeito! Fiquem à vontade para me procurar nas redes sociais.

Bons treinos!

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Lucas Piveta

Lucas Piveta é fisioterapeuta da Care Club Piracicaba, graduado pela Universidade Metodista de Piracicaba em Fisioterapia em 2017. Possui especialização em Fisioterapia no Esporte e Exercício. É ex-atleta profissional da Marcha Atlética pela SBAtletismo. Para saber mais acesse o INSTAGRAM.

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