Com 55 inscritos, a equipe de atletismo do Brasil estreia nesta quinta-feira (29/7), a partir das 21:15 de Brasília, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. As competições do primeiro dia estão previstas para o Estádio Olímpico do Japão, sem a presença de público, mas com os sonhos de uma geração que teve que ver adiado o evento, inicialmente previsto para 2020, devido à pandemia da COVID-19. O atletismo, um dos principais esportes da programação olímpica, reunirá cerca de 1.900 atletas de 190 países até o dia 8 de agosto.
Os desafios foram inúmeros com o fechamento de fronteiras, de Centros de Treinamento, cancelamento e adiamento de eventos, como os próprios Jogos, e a tristeza provocada pelos milhares de mortos e de contaminados pela doença. Tóquio será sede das provas de pista e campo, e Sapporo, que fica a cerca de 800 km da capital japonesa, receberá as maratonas e as provas de marcha atlética.
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Estreia do Atletismo do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio
Nesta quinta-feira do Brasil (29/7), está prevista a participação de sete dos 55 atletas da delegação em qualificações e eliminatórias (a World Athletics publicará as listas de saída). Mas estão marcadas a qualificação do salto em altura, com Fernando Ferreira e Thiago Moura, a partir das 21:15, as eliminatórias dos 3.000 m com obstáculos, com Altobeli Santos Silva, às 21:30, dos 400 m com barreiras, com Alison dos Santos e Marcio Teles, às 23:25, e fechando a programação as eliminatórias dos 100 m, com Vitoria Rosa e Rosangela Santos, já às 00:15 de sexta-feira (30/7) – todos horários de Brasília.
Apontado como um dos destaques da competição pela WA, Alison dos Santos, líder da prova dos 400 m com barreiras da Liga Diamante, o principal circuito internacional de competições do esporte, compete a partir das 23:25 de Brasília. “Quero muito passar para a semifinal e fazer a final, ser medalhista e obter meu recorde pessoal”, comentou o atleta paulista de 21 anos, que quebrou quatro vezes o recorde sul-americano da especialidade em 2021 e ocupa o terceiro lugar no Ranking Mundial, com 47.34, tempo obtido no dia 4 de julho, na etapa da Liga Diamante de Estocolmo, na Suécia.
A velocista Rosangela Santos, medalha de bronze no revezamento 4×100 m de Pequim-2008, não esconde a sua ansiedade para a estreia olímpica em Tóquio. “Meu objetivo é chegar à final e melhorar minha marca”, disse a atleta nascida em Washington DC, nos Estados Unidos, mas criada desde bebê no Rio de Janeiro. “Torço ainda para uma boa apresentação do 4×100 m feminino”, completou a recordista sul-americana dos 100 m, com 10.91, tempo obtido na final do Mundial de Londres-2017.
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A maioria dos atletas convocados passou pelo período de aclimatação na cidade de Saitama, a cerca de 30 km de Tóquio, ação fundamental para adaptação à mudança de fuso horário e ao calor. Todos tiveram condições de treinar e o acompanhamento de saúde (médicos, fisioterapeutas e massoterapeutas), além de ter comida brasileira – todas as medidas proporcionadas pelo programa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em parceria com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Todos os integrantes da delegação brasileira estão passando por rigorosos controles, fazendo PCR todos os dias pela manhã, em jejum, e respondendo questionário específico, também diários, sobre saúde, além de seguir os protocolos sanitários com o uso de máscaras e o uso constante de álcool em gel.
A previsão do clima para esta sexta-feira, no horário do Japão, é de calor de 32 graus, com sensação de 35, e pancadas de chuva à tarde, condições típicas do verão asiático.
“Tenho certeza de que o Brasil estará bem representado no Japão porque todos conquistaram as suas vagas em competições oficiais. Vou torcer para que todos possam fazer o seu melhor”, comentou o presidente do Conselho de Administração da CBAt, Wlamir Motta Campos.
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“O desafio para a definição da seleção brasileira foi enorme por causa das dificuldades enfrentadas em todo o mundo. Assim como está sendo a logística da preparação final dos atletas para os Jogos. Por isso, a partir do dia 9 de agosto, após o encerramento da Olimpíada de Tóquio, já começaremos a trabalhar para Paris-2024”, disse Claudio Castilho, diretor executivo da CBAt e chefe de missão da equipe.
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*Com informações da CBAt