Nos últimos anos, a corrida descalça (barefoot running) tem ganhado espaço entre corredores que buscam mais performace. A prática pode trazer diversos benefícios, mas exige cuidado e adaptação.
Segundo Mika Castro, fisioterapeuta, um dos principais benefícios de correr descalço é o fortalecimento muscular. “Correr descalço pode ser ótimo para fortalecer os músculos dos pés, melhorar o equilíbrio e a percepção corporal”, explica.
A mudança natural da pisada também pode ser benéfica: muitas pessoas passam a aterrissar com o meio ou a frente do pé, o que tende a reduzir o impacto nas articulações, especialmente nos joelhos.
Apesar das vantagens, os riscos existem, principalmente quando o corredor exagera logo no início. “O principal risco é se empolgar demais e exagerar logo no começo”, alerta Mika. Isso pode causar dores, inflamações ou até pequenas fraturas. Como o esforço nos pés e nas panturrilhas é maior, o ideal é começar aos poucos, preferencialmente em terrenos macios e seguros.
E para quem está começando a correr, será que vale a pena experimentar?
Mika acredita que sim, desde que com cautela. “Pode, mas com bastante cuidado. Para quem está começando, é uma boa forma de desenvolver mais consciência corporal”, diz a fisioterapeuta. Ela ressalta a importância de uma adaptação sem pressa e, se possível, com orientação profissional.
Essa transição deve ser progressivo: primeiro, caminhadas descalças, depois pequenas corridas, sempre observando como o corpo responde. “O segredo é ir aos poucos!”, recomenda Mika. Exercícios de fortalecimento para pés e tornozelos também fazem parte do processo.
O barefoot running pode ser uma boa experiência, mas não deve ser encarada como uma tendência a ser seguida sem preparo. Com orientação, é possível colher os benefícios da corrida descalça e evitar lesões que poderiam comprometer a prática a longo prazo. Como ressalta Mika Castro, “a ideia é dar tempo para o corpo se adaptar a esse novo estímulo”.
Fonte de informação: webrun.com.br
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